OURO COMESTÍVEL – SAIBA TUDO SOBRE ESSE NOVO INGREDIENTE
Durante a Copa do Mundo no Catar, Ronaldo Fenômeno e os jogadores da seleção brasileira deram o que falar quando foram à churrascaria Nusr-Et e provaram um bife revestido de folhas de ouro de R$ 9 mil. Apesar da polêmica, não é de agora que o ouro comestível é utilizado na gastronomia para adicionar pitadas de luxo e glamour aos pratos.
Essas folhas douradas são minúsculos pedaços de ouro puro 23 ou 24 quilates utilizados, geralmente, para fazer a decoração de pratos salgados, doces e, até mesmo, bebidas.
O enfeite luxuoso pode ser encontrado no Brasil por preços a partir de R$ 10 a unidade, se for legítimo. Há também imitações de folha de ouro que são vendidas por preços mais acessíveis. Já em sites americanos, é possível encontrá-lo em outros formatos, como spray ou flocos.
Ouro comestível é ouro de verdade?
Diferente do ouro utilizado para fazer jóias, que geralmente é misturado com outros elementos, como prata e alumínio, o ouro comestível tem que estar em seu estado puro para ser consumido. Então, se você provar uma comida decorada com ouro, saiba que está consumindo partículas feitas 100% de ouro verdadeiro.
Independente do formato (pó, folha, flocos etc), o elemento não possui sabor e também não muda a textura dos ingredientes. Ele é utilizado apenas para decorar os pratos.
É seguro comer ouro?
Em 2016, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) avaliou o composto e autorizou o uso na confeitaria, para decoração de bolos e chocolates.
Depois de um tempo, o uso também foi aprovado para decoração de massas, carnes, vinhos, coquetéis, risotos e sopas. Então, não se preocupe, o uso é testado e autorizado. Porém, sempre em seu estado puro, nunca misturado com outros metais.
O ouro não é absorvido pelo nosso corpo, por isso, sua ingestão não traz benefícios ou malefícios nutricionais. Do mesmo jeito que entra no nosso intestino, ele sai.
Apesar disso, também existem pesquisas que mostram uma visão diferente do ouro comestível. Um cientista japonês chamado Koichi Imai, pós-doutorado do Departamento de Biomateriais da Osaka Dental University, afirmou que pequenos pontos metálicos de ouro podem permanecer no trato digestivo por um longo tempo, ocasionando risco de desenvolvimento de cânceres.
Ele acha necessário o desenvolvimento de uma folha de ouro comestível que seja dissolvida completamente no trato digestivo humano, para assim podermos consumir com segurança.
Origem da utilização do ouro na gastronomia
Comer ouro pode parecer estranho, mas a prática teve início com os egípcios, há cerca de 5 mil anos. Os faraós acreditavam que ao consumir esse ingrediente luxuoso eles conseguiriam agradar aos deuses. Também associavam o uso a rejuvenescimento e vitalidade.
Também era (e continua sendo) um símbolo de ostentação e riqueza, por isso os monarcas europeus consumiam ouro em seus banquetes durante a Idade Média.
Atualmente, as folhas de ouro são utilizadas em sanduíches, cafés, carnes, sorvetes, drinks, sushis, entre outros alimentos. Mas, geralmente, é necessário desembolsar uma grande quantia para provar essa iguaria em restaurantes e confeitarias.
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