Fato ou Fake?
Sabonete que ‘Restaura a Virgindade’ Viraliza nas Filipinas
Nos últimos anos, as redes sociais nas Filipinas têm sido inundadas por diversas postagens falsas sobre a área de saúde, aumentando a preocupação entre os profissionais do segmento.
Um dos conteúdos mais recentes que chamam a atenção é um sabonete que promete “restaurar a virgindade” das mulheres.
O produto em questão foi divulgado pela influencer Rosanel Demasudlay, em um vídeo publicado em agosto do ano passado.
No vídeo, com cerca de 15 minutos de duração, a youtuber apresenta um sabonete em formato de coração, que supostamente é capaz de devolver a virgindade ao público feminino. Segundo a jovem, o produto também é eficaz para tratar problemas de pele na região vaginal.
Para tentar dar credibilidade ao produto, Demasudlay afirmou no vídeo que o sabonete foi aprovado pela Philippine Food and Drug Administration, agência responsável por regular o mercado de medicamentos e alimentos no país asiático. No entanto, a informação não é verdadeira.
De acordo com a equipe de checagem de fatos da Agência France Press (AFP), o “sabonete da virgindade” não passa de uma enganação. A agência reguladora do país não aprovou nem recomenda o produto.
Ao contrário, alertou os consumidores sobre os perigos que o “Bar Bilat Virginity Soap”, como o cosmético é conhecido originalmente, traz. O uso pode causar desde irritação da pele até falência de órgãos.
Apesar dos alertas, postagens enganosas como esta têm se difundido cada vez mais nas Filipinas após a pandemia de Covid-19. Elas envolvem produtos não testados que prometem tratamentos fáceis e rápidos para diferentes tipos de doenças, atraindo a atenção dos internautas.
O problema é agravado pela baixa quantidade de médicos no território filipino e pelo uso intenso da internet no país. Essa combinação forma um cenário propício para o crescimento da desinformação online.
Além disso, o sistema de verificação de postagens do Facebook, rede social mais popular no país, tem demorado a detectar as publicações enganosas, conforme aponta a agência de notícias AFP.
Outro caso que chamou a atenção nas Filipinas foi o uso de colírios sem prescrição médica, após ação de divulgação na web, afetando pacientes de até 12 anos, deixando as crianças cegas.
Conclusão:
Portanto, é essencial que as autoridades de saúde pública intensifiquem suas ações de conscientização sobre os riscos do uso de produtos sem prescrição médica e reforcem a fiscalização do mercado de cosméticos e medicamentos no país.
É importante ressaltar que, apesar de ser tentador buscar tratamentos rápidos e baratos na internet, a saúde deve ser sempre prioridade. É preciso ter cautela e procurar profissionais de saúde qualificados antes de experimentar qualquer produto ou tratamento. A desinformação pode colocar em risco a saúde e a vida das pessoas.
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